Pesquisadores do Instituto Francis Crick e do Instituto Letão de Síntese Orgânica desenvolveram um composto semelhante a um medicamento que bloqueia efetivamente uma etapa crítica no ciclo de vida do parasita da malária e estão trabalhando para tornar este composto o primeiro tratamento possível para malária. Medicamento e o controlo dos mosquitos reduziram os níveis de malária nas últimas décadas, mas o parasita ainda mata mais de 4.00.000 pessoas por ano e infecta muitas mais. Na sua investigação publicada na PNAS, os cientistas desenvolveram uma série de compostos concebidos para evitar que o parasita deixe os glóbulos vermelhos, um processo vital para a sua replicação e ciclo de vida. Os parasitas da malária invadem os glóbulos vermelhos (hemácias), onde se multiplicam antes de entrarem na corrente sanguínea e depois repetem o processo. Mike Blackman, principal autor e líder do grupo do Laboratório de Bioquímica da Malária em Crick, informou que este ciclo leva ao acúmulo de hemácias infectadas, o que causa ainda mais doenças fatais.
Se conseguirmos capturar eficazmente a malária na célula, bloqueando a rota de saída do parasita, poderemos impedir a propagação da doença e o seu ciclo devastador de células invasoras. O composto funciona bloqueando uma enzima chamada SUB1, que é essencial para um surto de malária. Os pesquisadores esperam que esse efeito do medicamento supere a resistência que o parasita adquiriu. É importante que a conexão também possa penetrar nas membranas dos glóbulos vermelhos e no compartimento dentro da célula onde os parasitas estão localizados. A equipe continua a otimizar o composto, tornando-o menor e mais potente. Se a otimização for bem-sucedida, primeiro será testado em animais para mostrar que é seguro. Só então será disponibilizado aos humanos.
Esta abordagem, que já encontrou novos tratamentos muito bem sucedidos para doenças como o VIH e a hepatite C, poderá ser a chave para uma luta sustentável e eficaz contra a malária durante muitos anos.